
O setor imobiliário, principalmente no pós-pandemia, tem se reinventado para se manter competitivo no mercado. Neste cenário, os edifícios corporativos têm sido vistos como uma infraestrutura que pode ir além da simples ocupação por operações comerciais.
Os layouts têm sido modernizados para que as infraestruturas estejam alinhadas aos padrões de sustentabilidade, ao mesmo tempo que atendam as expectativas dos profissionais que passam boa parte do dia nestes ambientes.
Ao redor do mundo, alguns edifícios comerciais têm se destacado pela sua história e pela experiência que proporcionam, se tornando destinos turísticos. E o atrativo não se limita à sua altura ou ter a vista mais bonita da cidade, mas o tipo de experiência oferecida.
De acordo com o relatório JLL Global Flex Report até 2025, os imóveis que incorporam uma lista diversificada de comodidades terão uma demanda 12% maior de inquilinos em comparação com os que não o fazem.
Mas afinal quais as vantagens em oferecer novas experiências nos edifícios corporativos?
1. Tornam o local mais atraente para empresas de renome que valorizam um ambiente de trabalho exclusivo, agregando valor aos empreendimentos, atraindo e fidelizando ocupantes;
2. Tornar-se um endereço desejado também pode ser considerado uma boa estratégia para se diferenciar da concorrência, principalmente em mercados com alta vacância.
3. A criação de pontos de interesse e atrações turísticas pode aumentar significativamente o valor de mercado do imóvel, além de contribuir para o posicionamento da marca do proprietário ou do gestor do edifício, que ficam associados à experiência vivenciada.
4. Além disso, atrações turísticas dentro dos edifícios podem atrair um grande número de visitantes, gerando receita adicional por meio de ingressos, lojas de souvenir, restaurantes, tornando-se uma boa opção para investidores que buscam ampliar o potencial de fontes de rentabilidade do empreendimento, bem como para o desenvolvimento dos negócios dos ocupantes do edifício que são estimulados pelo aumento de fluxo.
Há alguns conceitos aliando arquitetura e tecnologia que tem forte impacto na transformação e consolidação dos edifícios corporativos como um espaço moderno e promissor. Listamos quatro exemplos, confira:
Smart Buildings são estruturas equipadas com sistemas automatizados no qual são controlados remotamente vários aspectos do edifício, como iluminação, climatização, segurança, e consumo de energia.
Dessa forma, proporciona uma gestão eficiente e em tempo real das operações do edifício, otimizando recursos e melhorando a eficiência operacional. O objetivo é proporcionar um ambiente mais confortável e produtivo para os ocupantes, ao mesmo tempo que se preocupa em reduzir o consumo de energia e aumentar a sustentabilidade.
Os escritórios plug and play surgiram como uma nova possibilidade que tem ganhado destaque em edifícios corporativos. Isso porque este formato oferece infraestrutura pronta para usar, com salas de reuniões, impressoras, internet, mobiliário projetado, além de espaços de convivência com outras empresas e profissionais.
A principal vantagem desses escritórios é a conveniência e rapidez na ocupação, permitindo que empresas se estabeleçam rapidamente e com baixo investimento inicial, ao mesmo tempo em que flexibilizam seus espaços de acordo com as necessidades, podendo contribuir como estímulo para profissionais permanecerem no ambiente de trabalho.
O retrofit também tem sido uma grande ferramenta para transformar edifícios corporativos. Trata-se de um processo que tem como intuito modernizar ou atualizar prédios antigos, podendo incluir desde pequenas intervenções estéticas até grandes reformas estruturais, proporcionando uma segunda vida útil ao imóvel e aumentando seu valor de mercado ao adaptá-lo aos padrões modernos de sustentabilidade e conforto.
É o caso do edifício JK Financial Center (JKFC), localizado em São Paulo e que após a realização do retrofit completo do sistema de ar condicionado central, conseguiu amplos resultados no que se refere à eficiência energética, reduzindo em 26% o valor do condomínio para os locatários.
Com o cotidiano atribulado e o tempo curto para sair do escritório, comprar algo ou até mesmo relaxar, também tem sido uma grande opção para edifícios corporativos.
Um exemplo deste conceito é o 22 Bishopsgate em Londres. O edifício de 62 andares tem um piso com espaço aberto com mostras de arte moderna, elevadores rápidos, uma grande área de mercado com barracas de comida de rua, zonas de coworking coloridas e uma parede de escalada.
À medida que os edifícios corporativos se reinventam para atender às demandas modernas, fica claro que oferecer novas experiências não é apenas uma tendência passageira, mas uma estratégia vital para atrair e manter ocupantes.
Desde Smart Buildings que otimizam recursos até espaços plug and play que promovem flexibilidade, cada inovação não só eleva o valor do imóvel, mas também transforma o ambiente de trabalho em um local mais dinâmico e agradável.
Com isso, o setor imobiliário não apenas se adapta às mudanças, mas lidera uma nova era de como concebemos e utilizamos os espaços corporativos, aliando modernidade e praticidade.
Referências:
https://www.jll.com.br/pt/views/experiencia-vira-diferencial-tambem-em-edificios-corporativos
https://casacor.abril.com.br/arquitetura/retrofit/
https://www.us.jll.com/en/views/the-ultimate-guide-to-experience-management