Black Friday: como o espaço comercial valoriza o varejo

Redação TCN
November 17, 2025

Consolidada como um dos momentos mais intensos do varejo global, a Black Friday é um período de grande movimentação econômica e alta competitividade. Tradicionalmente associada ao e-commerce, a data ganhou nova dimensão à medida que o consumidor passou a buscar não apenas preço, mas experiência e confiança.

Nesse cenário, o varejo físico não perdeu espaço, ele se reinventou. As lojas deixaram de ser apenas pontos de venda para se tornarem ambientes de relacionamento, logística e experiência de marca. E, quando as oportunidades de negócio se transformam, o valor imobiliário acompanha essa evolução.

O valor do ponto comercial não se resume mais ao fluxo de pessoas, está também na capacidade de integrar tecnologia, oferecer conveniência e converter experiência em resultado.

Na Black Friday, todos buscam o melhor preço, mas você já considerou que o ponto comercial também é capaz de gerar valor? Continue para compreender.

O ponto físico como ativo estratégico

Enquanto as telas piscam com ofertas, milhares de consumidores migram para os espaços comerciais em busca do que o digital, sozinho, não entrega: a interação imediata, o toque humano no atendimento e a convicção de que o produto é real.

No pós-pandemia, acreditava-se que o avanço do digital reduziria a relevância das lojas físicas, porém o consumidor atual transita com fluidez entre os universos físico e digital, impulsionando um novo patamar de engajamento e de gasto.

Um estudo do Grupo Kantar confirma essa consolidação do comportamento híbrido no Brasil e destaca algumas informações sobre a sinergia entre canais:

Esses dados reforçam que empresas que integram digital e físico alcançam resultados mais consistentes e sustentáveis ao longo do tempo.

Phygital: a integração entre o físico e o digital

No varejo, a tendência conhecida como phygital representa a integração entre os mundos físico e digital para criar experiências completas e conectadas. Esses dois ambientes se fortalecem mutuamente: o digital gera tráfego e dados valiosos, enquanto o físico oferece experiência, confiança e conexão humana.

As estratégias omnichannel surgem como base operacional dessa integração, unificando todos os canais de contato, como lojas, e-commerce, redes sociais e aplicativos. Para isso, empresas têm investido em estratégias como o “clique e retire”, que transformam o ponto físico em um elo logístico e em tecnologias de rastreabilidade e personalização, essenciais para uma experiência contínua entre os ambientes.

Além disso, a mensuração integrada de performance, considerando tráfego digital e fluxo físico, permite decisões imobiliárias mais precisas e rentáveis. Nesse contexto, as lojas físicas assumem papel estratégico na jornada de compra: se tornam pontos de coleta, showrooms e centros de devolução. A grande vantagem está na redução de custos, otimização de estoques e maior satisfação do cliente.

Mesmo em períodos de forte venda online, como a Black Friday, o espaço físico segue como elo final da jornada, consolidando o tráfego e reforçando a relevância do ponto comercial.

Mas o sucesso de um ativo vai além da localização. A sinergia entre operações vizinhas e a composição do mix comercial podem ser determinantes para a performance e a longevidade das locações. Quando há um conjunto de marcas que se complementam e se fortalecem, o fluxo se mantém constante, o consumo se amplia e a experiência do cliente é enriquecida.

Ainda assim, muitos investidores focam apenas no valor do aluguel imediato, sem considerar que a estratégia de ocupação influencia diretamente a sustentabilidade do retorno. Um ponto pensado para gerar integração entre marcas e experiências tende a manter operações mais estáveis e valorizadas ao longo do tempo.

Pontos bem localizados, com mobilidade, visibilidade e conveniência, ganham ainda mais relevância quando aliados a um mix coerente e estratégico. O resultado é um ciclo virtuoso, em que a integração phygital e o equilíbrio entre os lojistas impulsionam tanto a experiência do consumidor quanto o valor patrimonial dos ativos.

Experiência e dados como ativos imobiliários

As lojas que mais se destacam nesses períodos não são necessariamente as que oferecem os maiores descontos, mas as que criam experiências memoráveis. Ambientes bem planejados, com arquitetura convidativa, layout inteligente e atendimento ágil, transformam o fluxo em resultado tangível.

O imóvel, nesse contexto, deixa de ser apenas infraestrutura e se torna um ativo de marca, isto é, uma extensão da proposta de valor da empresa e um componente do seu diferencial competitivo.

Para o investidor, isso representa uma dupla valorização: econômica, pela rentabilidade e estabilidade da operação, e imaterial, pela força simbólica e comercial que o endereço carrega.

Basta observar os grandes players do varejo. Suas lojas não são apenas pontos de venda, mas pontos de presença estratégica, capazes de gerar visibilidade, engajamento e fidelização. Em um mercado cada vez mais orientado por dados e experiências, o valor imobiliário acompanha a força da marca, e a inteligência imobiliária conecta essas duas dimensões.

O espaço físico é o elo entre estratégia e resultado

A Black Friday é mais do que uma data promocional, é um espelho do comportamento de consumo e um termômetro do valor imobiliário.Se o digital traz escala e conveniência, o físico oferece confiança, conexão e experiência sensorial.E o consumidor contemporâneo não quer escolher entre um e outro: ele deseja ambos.

Por isso, o futuro do varejo e dos investimentos imobiliários é híbrido. A inteligência de mercado será o que diferencia quem apenas ocupa espaço de quem transforma espaço em valor. Na Black Friday e, em todos os momentos de alta competitividade, o ativo não é o desconto. É o espaço inteligente: aquele capaz de gerar experiência, fluxo e resultado.

Compreender essa dinâmica é essencial para a construção de portfólios sólidos, rentáveis e conectados às transformações urbanas e de consumo. A TCN apoia investidores e construtores a enxergarem o potencial estratégico dos ativos físicos com inteligência de mercado, análise territorial e soluções integradas que transformam espaço em valor.

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